domingo, 14 de dezembro de 2008

VISITEM E AJUDEM A CASA ABRIGO BEIJA-FLOR

Hoje eu tive uma experiência diferente, fui numa casa/abrigo chamada Casa Abrigo Beija-Flor, em Austin, Nova Iguaçu/RJ. Para lá, vão algumas crianças órfãs, outras recolhidas na rua vítimas de todo o tipo de abuso e, as que são encaminhadas pela justiça, vitimadas por maus tratos em casa. Algumas apanham dos pais à toa, sem motivo, outras são estupradas e algumas outras são vítimas de violência por armas brancas. Todas hoje estão bem, fora de perigo, resguardadas pela justiça, bem como pelo pessoal da administração do abrigo.

Do lado do abrigo tem um CIEP onde, os que estão em idade escolar estudam, obrigatoriamente. As crianças são acompanhadas por psicólogos ou por assistentes sociais, bem como educadores que se revezam na tarefa diária de dar uma condição de vida melhor para essas crianças, todos voluntários.

Confesso que tive medo de ir até lá, não por preconceito, posto que sou desprovido de tal sentimento, mas, por não aguentar a emoção de ver o sofrimento daqueles pequenos. Mas, estava totalmente enganado. Quando cheguei, fui surpreendido com várias crianças, felizes e brincando com o pouco que têm, apesar de tudo por que passaram.

A casa/abrigo estava comemorando hoje o dia da entrega dos presentes do natal e eles fazem uma campanha interessante convidando pessoas para apadrinharem as crianças (que diga-se de passagem, precisam de tudo) para lhes levarem presentes. Minha mulher, por indicação de uma amiga que vai sempre lá ajudar, tinha apadrinhado uma menina de 6 anos de idade, que nós nunca havíamos visto e quando eu entrei, uma pequena agarrou nas minhas pernas e me perguntou sobre o seu presente. Quando eu vi aquela coisinha miúda, moreninha do cabelo ruim, com um sorriso lindo do tamanho do mundo, fiquei com a voz toda embargada e sem saber o que falar diante de tal pedido, mas, como não havia trazido nada para aquela criança, ela nada levou.

Mas, minha surpresa ainda estava por vir, quando procurando a Elisa, a menina apadrinhada, descobri que ela era aquela miúda do sorriso lindo que agarrou nas minhas pernas quando eu entrei e já estava com a minha mulher ganhando os seu presentes. A emoção foi grande e não me contive, fui às lágrimas. Imediatamente cheguei perto dela ganhei um beijo e um abraço e comecei a filmar a emoção daquela criança (que por algum tempo era espancada pela mãe), ganhando os presentes que nós trouxemos para ela. Coisa de Deus.

Parafraseando o Rei Roberto Carlos, quantas emoções, mas, quantas emoções eu vivi naquele momento. Foi muito bonito. Na verdade, o que levamos, foram coisas para o dia-a-dia, material para higiene pessoal, toalhas, calcinhas, shortinhos, camisetas, chinelos e brinquedo, tudo absolutamente novo, comprado exclusivamente para uma pequena de 6 anos de idade que nós não conhecíamos. E ela? Ah, ela era uma felicidade só, tinham que ver, era algo contagiante que eu em 47 anos de vida, vivi poucas vezes. Passamos uma tarde excelente.

Conhecemos o abrigo, que fica numa área de terra grande, afastada do Centro de Austin, numa casa com boas acomodações, refeitório e cozinha, embora inacabada, absolutamente limpos, roupas lavadas, quartos arrumados, sala com televisão, tudo muito simples, mas, muito bom. Mas, como eu havia falado no início, falta de tudo, absolutamente de tudo que se precisa numa casa para uma vida razoável.

O abrigo abriga de 30 a 40 crianças, de ambos os sexos, com irmãos e, com até 14 anos de idade.

Na hora de ir embora foi um problema. Preferi não falar com a Elisa, pois sabia que eu ia chorar, como agora (snif), mas, minha mulher foi até ela, que estava escondida atrás de um sofá, ainda fazendo gracinhas, lhe deu um beijo e um abraço e prometeu que iriamos voltar.

Voltaremos com certeza e passaremos a ajudar aquelas crianças, que de tudo precisam, tudo mesmo, inclusive amor, muito amor, para superarem seus traumas.

Quem ler este post e se interessar por ajudar, deixe seu pedido com o seu e-mail nos comentários, que entraremos em contato. E não esqueçam, visitem e ajudem, pois se faz bem a eles que recebem a ajuda, faz com que a gente se sinta muito melhor ajudando, acreditem.

Vou dormir que o tempo urge e amanhã ainda farei duas audiências durante o dia, além de atender alguns clientes, graças a Deus é mais uma dia de trabalho. Fiquem com Deus e um grande abraço a todos os leitores. Em outra oportunidade postarei as fotos da Elisa e do abrigo. Aguardem.